Tendo sido criado oficialmente o curso de Medicina, o edital sobre as inscrições para o exame vestibular saiu em 3 de fevereiro de 1961. Dentre os documentos exigidos, incluía-se certificado de conclusão do curso secundário, atestado de vacina contra varíola, atestado de idoneidade moral e de sanidade física e mental.
Enquanto no vestibular de 2011 havia 3747 candidatos concorrendo a 80 vagas (3331 não cotistas concorrendo a 48 vagas, e 416 cotistas concorrendo a 32 vagas, com relação candidato-vaga de 69,4 e 13, respectivamente), o primeiro vestibular teve 98 candidatos inscritos, a maioria proveniente da Bahia, concorrendo a 30 vagas – sendo que apenas 85 compareceram às provas.
Houve questões discursivas de Português, Inglês, Física, Biologia Geral e Química Geral, Orgânica e Inorgânica, além de uma redação. Mesmo com concorrência bem menor que hoje, a imprensa da época considerou os exames como “os mais rigorosos dos últimos tempos”. Isso porque havia uma nota mínima a ser atingida, e apenas 28 candidatos a ultrapassaram. E pelo visto não é de hoje que as provas de vestibular geram reclamações: já naquele ano, um estudante apelou à Presidência da República contra supostas irregularidades na aplicação do exame, sem sucesso.